Farol do Jaguaré
O "Relógio do Jaguaré", ou "Mirante do Jaguaré", erroneamente lembrado como "Farol do Jaguaré", por conta de sua arquitetura, está intimamente ligado à história do bairro fundado em 1935 pelo engenheiro, agrônomo e urbanista Henrique Dumont Villares, sobrinho de Alberto Santos Dumont. Com 28m de altura, o "Farol do Jaguaré" foi construído em 1943, após uma visita do arquiteto Henrique Dumont Villares à Holanda, que se encantou com um semelhante.
Próximo à confluência entre os rios Tietê e
Pinheiros, o Jaguaré foi um dos primeiros loteamentos planejados de São Paulo.
O ponto mais alto dessa região, junto às escarpas da calha do rio Pinheiros,
foi o escolhido pelo próprio Dumont Villares para implantar o seu Mirante.
Muitos foram os usos previstos para ele: orientação da navegação aérea e
fluvial, do então sinuosíssimo Rio Pinheiros, caixa d’água e relógio, que
originalmente não estava previsto, mas foi o único a efetivar-se em 1943,
quando o Farol do Jaguaré, como hoje ele é conhecido, foi inaugurado, se
consolidando como verdadeiro marco urbano local.
O "Mirante do Jaguaré, ou o "Relógio do
Jaguaré", erroneamente lembrado como o "Farol do Jaguaré" (por
conta de sua arquitetura), está intimamente ligado à história do bairro fundado
em 1935 por Henrique Dumont Villares, sobrinho de Santos Dumont. O Jaguaré foi
uma das poucas áreas da cidade que contou com planejamento urbanístico -
dividido em áreas residenciais, comerciais e industriais, foram construídas 42
praças e também casas para os funcionários da S.A. Imobiliária Jaguaré. A torre
do relógio foi erguida como um símbolo para o bairro, situada no ponto mais
alto, com vista panorâmica para vários pontos de São Paulo.
Em 2004, o Farol foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do
Patrimônio Histórico, mas, abandonado pelo poder público e, mesmo com o esforço
heróico dos membros da SAJA – Sociedade Amigos do Jaguaré – que assumiu
sua manutenção em parceria com a prefeitura, ele vem se deteriorando, o que, somado
ao seu anonimato urbano, faz com que as visitas sejam cada vez mais escassas,
apesar da SAJA ter realizado as reformas necessárias, pintando a
torre do relógio e remodelando o jardim da praça.
A deterioração do relógio também está ligada
à decadência do bairro, a partir da década de 1980, com a saída e o fechamento
de inúmeras fábricas. Esta situação está pouco a pouco se revertendo graças aos
novos acessos a algumas das principais rodovias do Estado.
Hoje o Farol, ainda permanece como marco que reforça a identidade do bairro
diante da metrópole em que hoje se mescla. Um símbolo que permite reconhecer o
Jaguaré à distância, desde diversos pontos da região, mesmo do outro lado do
rio. E por outro lado, um ponto privilegiado que permite, do alto de seus 28 m
de altura, situar-se na cidade, vislumbrando um panorama de 360°, da Zona Oeste
à Osasco, abrangendo importantes pontos como: a Cidade Universitária, uma
espetacular vista da Raia Olímpica da USP, ligeiramente mais alta que o rio
Pinheiros, o Cebolão e o Ceasa, o Pico do Jaguará e a Serra da Cantareira, o
Espigão da Paulista, etc.
Localização: Praça do Relógio do Jaguaré, Rua Salatiel de Campos - Jaguaré - São Paulo – SP
Algumas outras fotos do “Farol do Jaguaré”
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Vista da Marginal do Rio Pinheiros |
Vista da Região Oeste tendo ao Fundo o Pico do Jaraguá |