População rebelada
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento de insurreição contra o Governo federal provisório chefiado por Getúlio Vargas. Os rebelados exigiam a convocação de uma Assembléia Constituinte, prometida por Getúlio em sua campanha pela Aliança Liberal e na Revolução de 30. No início de 32, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Democrático formaram a Frente Única Paulista e lançaram uma campanha pela constitucionalização e o fim da intervenção federal nos Estados.
O povo aderiu, os atos públicos multiplicaram-se e as manifestações tomaram-se fortes e organizadas. Em 23 de maio de 32, houve um comício na Praça da República. Durante a manifestação surgiu a idéia de tomar a sede da Legião Revolucionária, leal ao governo central. Os manifestantes foram recebidos a tiros. Os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (M.M.D.C.), que se tornariam heróis da revolução, foram assassinados.
Na noite de 9 de julho, tropas da Segunda Região Militar e da Força Pública, comandadas por Isidoro Dias Lopes e Euclides Figueiredo, pai do ex-Presidente João Baptista Figueiredo, ocuparam pontos estratégicos da Capital paulista. Começava a rebelião armada. O próprio interventor do Estado, Pedro de Toledo, foi surpreendido pela eclosão do movimento. No dia seguinte demitiu-se da interventoria e foi nomeado governador.
Milhares de voluntários civis apresentaram-se e foram incorporados aos batalhões. Donas de casa contribuiram com ouro para a campanha "Ouro para o bem de São Paulo". Quarenta mil homens foram deslocados para as principais frentes de combate: Sul de Minas Gerais, Norte do Paraná e Vale do Paraíba. Os comandantes paulistas sabiam que as forças federais eram muito superiores, mas esperavam reforços de Minas e Rio Grande do Sul, que nunca vieram. Resultado: São Paulo ficou em nítida inferioridade.
São Paulo começou, então, a ser cercada pelas tropas legalistas. Uma a uma de suas trincheiras foram atacadas. No final de setembro, a situação tornou-se insustentável. Em 3 de outubro, os paulistas anunciaram oficialmente sua rendição. Terminada a revolta, o general Valdomiro Castilho de Lima foi nomeado interventor federal no Estado.

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