A Inquisição

Promulgadas pelo rei Filipe II, da Espanha, as chamadas Ordenações Filipinas, que vigoraram durante muito tempo no Brasil, foram fortemente influenciadas pela Inquisição espanhola, a mais brutal de que se tem notícia.

Para se ter uma idéia do rigor desses tribunais criados pela Igreja Católica, os acusados de feitiçaria, de terem violado a correspondência real ou de injuriar o monarca eram condenados ao enforcamento, que era considerado "morte natural". Em alguns casos, o corpo ficava pendurado até apodrecer.

Penas mais cruéis ainda eram destinadas aos cidadãos que contestassem os dogmas da Igreja ou fossem apanhados em atos sexuais heterodoxos. Os heréticos, protestantes, por exemplo eram queimados vivos se persistissem na heresia.

Já os sodomitas, depois de queimados na fogueira, eram incinerados para que nada  restasse de seu corpo, nem tivessem sepultura. Se demonstrassem arrependimento, podiam ser degolados antes da fogueira. Igual "privilégio" era concedido aos alcoviteiros, mulheres adúlteras, aos homens que dormissem com mulheres casadas ou praticassem o incesto com as filhas.

Segundo o historiador Luiz Mott, 235 pessoas residentes no Brasil foram denunciadas, processadas e punidas pela Inquisição. A maior parte foi açoitada nas ruas, teve bens confiscados ou condenada às galés (antigas embarcações movidas à  remo) na África. Vinte foram queimadas em Portugal por seguirem o credo judaico.


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