“Caixote” de 7 milhões vai ao chão !

caioxoteNuma destas cenas comuns há anos, a Avenida Paulista presenciou no ultimo dia 9 de Julho, a demolição de um enorme casarão de quase 2.000 m², com um valor estimado de 7 milhões de reais. Não há contudo nenhum projeto de edifício no local no momento, e o terreno será ocupado por um estacionamento.

O imóvel que situava-se na avenida no nº 1.373 não tinha processo de tombamento por órgãos de proteção ao patrimônio. Por assim ser havia um alvará de março deste ano, permitindo a demolição do imóvel. Segundo moradores do local, o casarão não conseguia ser alugado ou vendido por conta do alto valor avaliado.

O casarão de estilo moderno, no nº 1.373 da Avenida Paulista antes da demolição.

O casarão de estilo moderno, no nº 1.373 da Avenida Paulista antes da demolição.

Segundo o historiador e arquiteto Benedito Lima de Toledo, o estilo da casa era bem moderno, com construção previsível no anos 60, quando a avenida estava em plena transformação. De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, o imóvel não pertencia a nenhuma lista de patrimônios tombados ou em processo para tal, daí ter sido dada autorização para sua demolição.

O andamento da demolição sob o olhar de curiosos e críticos

O andamento da demolição sob o olhar de curiosos e críticos

Ainda de acordo com a diretora da ONG Associação Paulista Viva, que zela pelos patrimônios da região, Marly Lemos, aquele “caixote” era um imóvel sem importância.

Uma visita no canteiro de entulhos sendo formado é visto neste video:

 
Não deixa contudo de ser uma perda, e com esta ação só sobram 4 casarões na Avenida, além do Instituto Pasteur de SP, do governo do Estado.


Os Casarões que sobraram:


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Imagens/Vídeos: Folha de São Paulo/Google Street View

Updated: 22/07/2013 — 10:18 pm

4 Comments

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  1. Terrível o que fizeram com a Avenida Paulista e outras construções monumentais da nossa São Paulo…. Fico C-H-O-C-A-D-A !!!!! Obrigada por nos brindar com matérias de elevadíssimo e inestimável padrão !

  2. Se o poder publico tivesse interesse mesmo, e parasse de se esconder atrás da burocracia de processos de proteção, poderia ressarcir ao proprietário e converter o local em alguma utilidade publica, algo como um centro cultural, uma biblioteca temática, e até numa repartição pública qualquer. Havia também no local uma vegetação (que espero não ser nativa), que também foi toda removida/danificada. Mas é o progresso; logo logo terá um edifício por lá….

  3. Triste… Qdo o povo esquece o passado, o futuro desaba…

  4. Ao preço exorbitante que os estacionamentos cobram, para que projeto de edifício?

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