Não há quem tenha vivido intensamente o final dos anos 60 e décadas seguintes, que não se lembre do furor que uma certa canção de nome Hocus Pocus, causou nos apreciadores de música, que naquele momento vivia toda a forma de transformação e de experiências musicais.
Uma dessas experiências surgida na segunda metade dos anos 60, chamava-se Rock Progressivo, que teve berço na Inglaterra, e revelou entre outros grupos o Black Sabbath e o Jethro Tull, este sim musicalmente muito próximo da Banda Focus.
O Focus foi banda de rock progressivo holandesa fundada em 1969 pelo organista e flautista Thijs van Leer.
Suas extensas e quase exclusivas composições instrumentais e improvisações continham várias referências e acordes à música erudita. Exemplos não fataram, como a referência a ópera de Monteverdi na canção “Eruption”, divulgada no álbum “Moving Waves.” (em 1971) e na referência à Johann Sebastian Bach em “Carnival Fugue”, que compunha o álbum Focus 3,(de 1972) ou ainda das referências ao Renascimento de “Anonymus II”, também do mesmo álbum.
Participou da Banda o também holandês Jan Akkerman, guitarrista que fez também seu nome nas lendas do rock, sendo escolhido com melhor guitarrista do mundo pela revista britânica Melody Maker em 1973 e ainda está em atividade, tendo já produzido inúmeros álbuns e shows nestes 40 anos de estrada do Rock.
Com músicos muito talentosos e dispostos a causar impacto no Rock progressivo, formado por Jan Akkerman, baterista Pierre Van der Linden e o baixista Cyril Havermans e o próprio organista e flautista Thijs van Leer, gravaram em outubro de 1971 o álbum Moving Waves, primeiro álbum de impacto da banda,e talvez o melhor deles, recebendo críticas positivas em em todo o mundo.
O álbum incluía a obra símbolo da banda, “Hocus Pocus”. Este clássico do rock consistia na repetição de um riff de guitarra recorrente e interlúdios de vocal falsete. Além disto exigia uma performance vocal sem precedentes para época desempenhada por Thijs van Leer.
Então para relembrarmos aqueles momentos e Hocus Pocus:
Anos depois numa apresentação com a banda totalmente reformulada, tendo apenas Thijs van Leer da antiga formação com seu inseparável teclado:
Um solo de guitarra para estúdio de Hocus Pocus:
E Jan Akkerman com o peso da idade desempenhando um solo acústico no Cultuur Centrum, Zundert, na Holanda em 26 de Setembro de 2009:
Depois de excelentes e criativos anos 70, a banda se reuniu nos anos 80, e depois nos anos 2000, claro com formações de integrantes diferentes mantendo apenas Thijs van Leer .
Em 2011 deram início a uma excursão com a turnê comemorativa de 40 anos de lançamento do álbum “Moving Waves”, que passou por São Paulo em Março último, e para outras cidades do Brasil.
Hocus Pocus a todos !!!
Links de Referência:
Uma curiosidade:
Hocus Pocus é o nome de um encantamento utilizado por mágicos do século XVII (hocus pocus, tontus talontus, vade celerita jubes) com a função de criar um ar de mistério em suas performances.
Hocus Pocus é um marco do Focus, mas pra mim a obra prima deles é Hamburger Concerto… uma das viagens lisérgicas que tenho guardado e desenterro sempre que preciso “dar um tempo”. Eu cresci ouvindo esta obra que dura 20’20”
Osni, é verdade.Vc tem toda a razão, é uma musica otima para curtição e coisas simiulares.Muito obrigado pelo comentário /Amaral
Ae,,, Pra quem curte música mesmo,, uma super pesquisa sobre esse som,,varias versões,,, divirtam-se,,,,Show !!!!! Parabéns Amaral.
Simplesmente fantástico. Junto com o Jethro Tull, eram minhas bandas preferidas na época. Valeu muito esta volta no tempo//Obrigado/San