Figura muito expressiva no mundo das artes de São Paulo no século passado, o pintor Henrique Manzo, vê toda sua obra, correndo um sério risco de ruir por razões de total descaso, apesar de toda luta da família.
No local onde morava o pintor, transformado em galeria de arte (Galeria Narciza, em homenagem a sua esposa), ao lado do Pico do Jaraguá, existem mais de 150 obras do famoso pintor, que podem ser danificadas por conta da degradação de todo o imóvel.
Fechado há mais de 15 anos, o local apresenta grande infiltrações, danos estruturais que surgiram por conta da falta de reparos em todos esses anos. Dois parentes já idosos tentam preservar tudo o que o pintor produziu e deixou a mais de 50 anos.
Galeria Narciza – fotos de Naldo Gomes
Como afirma Maria Manzo, “é muito difícil para nós nesta idade, manter a casa toda e a galeria”. A família relata que há décadas tentam doar a casa e todo o acervo para a Secretaria de Cultura mas nunca tiveram êxito, e o sobrinho do pintor Amleto Manzo teme que todo o acervo possa ser perdido.
Numa nova e recente investida, as secretarias de Cultura do Estado de São Paulo e da municipalidade disseram que vão entrar em contato com os parentes do artista plástico para agendar uma visita ao local e avaliar a oferta de doação, como informaram a uma emissora de TV, ou seja compromisso ainda sem uma certeza de que o acervo poderá ser salvo.
Henrique Manzo, pintor, desenhista, restaurador, cenógrafo nasceu em São Bernado do Campos em 1896, vindo a falecer em São Paulo em 1982.
Como pintor e restaurador Henrique Manzo participou do primeiro Salão de Belas Artes de São Paulo, em 1928 além de participar da criação da Escola de Belas Artes da cidade.
Também atuou como cenógrafo na Companhia do Souza e no Teatro Carlos Gomes no Rio de Janeiro, para Ana Pavlova, Procópio Ferreira, Froes, Souza e Companhia Elsa Garide.
Atua também como pintor e restaurador do Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga e Museu da Independência), e fez também vários gabinetes para o Conservatório Musical de São Paulo trabalhando para a Companhia do Municipal, Crestiano, Oswaldo Viana, Jaci Camargo e Jaime Costa
Foi professor durante muitos anos da Escola Paulista de Belas Artes de onde realizou a capa do Catálogo do 13º Salão Paulista de Belas Artes, e também foi um dos colaboradores para a fundação da Sociedade Paulista de Belas Artes, entre tantos outros trabalhos na Capital e no Estado.
Como sê vê é um legado que ainda não encontrou eco de preservação adequada. Henrique Manzo em sua cova certamente clama por um socorro….
Veja também:
- Projeto Henrique Manzo, o Poeta do Pincel pela Professora Liz Rabello
- A sombra do Jaraguá
- Henrique Manzo no ARTExplorer
- Acervo na Pinacoteca
- O Museu do Manzo
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Unindo forças em prol de uma causa… Obrigada!
Importante a divulgação da situaçao do acervo. Esperamos que haja sensibilidade por parte das autoridades. É a preservaçao de nossa história.
abs / Guirau