A história da impressão de documentos, tem grandes momentos na história, patrocinados por empresas como A.B.Dick Co., Haloid, Verifax, Xerox, HP entre as principais, e agora em pleno século 21, parece estar se iniciando um novo avanço que leva o nome de uma empresa chamada LandaNano.
Durante a Drupa (Feira Internacional da Mídia e Indústria Gráfica, Publicação e Papel) ocorrida em Maio último em Düsseldorf na Alemanha, que recebeu visitantes do mundo inteiro para conhecer as mais inovadoras tecnologias e novidades da indústria gráfica, a grande sensação foi o lançamento do novo conceito de impressão, chamado de Nanografia. Durante este evento Benny Landa fez a apresentação desta tecnologia, e foi o destaque do evento.
Claro que falar em nanografia devemos lembrar então tratar-se do uso de algum tipo de nanotecnologia, que sabemos corresponde à capacidade de criar agrupamentos de átomos ou moléculas com novas estruturas que proporcionam ao material ou elemento novas propriedades, principalmente mecânicas, ópticas, eletrônicas ou magnéticas.
Desta forma abre-se grandes oportunidades para a criação de novos produtos industriais. A denominação nanotecnologia está associado ao pequeno tamanho de vários itens utilizados para a construção de componentes inteligentes como microprocessadores e robôs.
Com isto claro, no caso, a nanografia é a tinta utilizada no processo de impressão. Esta tinta é fabricada com nanotecnologia e possui características bem diferentes das tintas comuns. A “tinta nanográfica” fabricada então com os conceitos e recursos da nanotecnologia, confere aos pigmentos uma capacidade maior de absorção de luz, e esta capacidade faz com que os pigmentos sejam muito mais eficientes.
Resumindo, a impressão nanográfica é caracterizada por pontos ultra-afiados de extrema uniformidade, alta fidelidade do brilho e a maior gama de cores de qualquer processo de impressão. A companhia israelense demonstrou o resultado de anos de pesquisa, com imagens geradas com apenas 500 nanometros de espessura (equivalente a 0,0005mm), cerca da metade das imagens offset, permitindo produzir o menor custo por página.
Os pigmentos NanoInk™ têm de 50 a 70 nanômetros de diâmetro. A tinta é a base de água e necessita menos água para se dissolver. Esta menor quantidade de água na tinta, faz com que a reprodução dos pontos seja mais nítida e fiel ao arquivo digital.
Diz Benny Landa que outra vantagem, é o fato de não “molhar” o papel, o que dispensa a necessidade da secagem do suporte após a impressão.
O fabricante garante também, uma maior densidade de cores na reprodução das imagens e a possibilidade de usar qualquer tipo de suporte sem a necessidade de um tratamento prévio (aplicação de primer). A impressão Nanográfica promete reproduzir imagens com uma notável resistência à abrasão.
Nesta nova tecnologia, a fina camada de tinta permite que o substrato retenha suas características originais mesmo após a impressão. O fino filme de tinta é transferido para o substrato quase seco, evitando a necessidade de pós-secagem e prevenindo efeitos indesejados no suporte de impressão, tais como inchaço, deformação e encanoamento.
Veja o comparativo da tecnologia nanografica com os demais sistemas de impressão:
Esta é então a nova tecnologia de impressão digital, lançada por Benny Landa – presidente da Landa Corporation. Benny Landa também é conhecido pela criação da tecnologia Indigo (que utiliza toner líquido) que foi comprada pela HP em 2002.
A previsão é que os equipamentos que utilizem esta tecnologia adentrem o mercado de impressão dentro dos próximos 5 anos.
A Nanografia Landa™ promete combinar velocidade, qualidade e custo em equipamentos com diversos formatos e para diferentes tipos de papel. As gráficas não precisarão mais escolher entre a versatilidade e curto prazo de entrega da impressão digital e a alta produtividade e baixo custo unitário da impressão offset.
A Nanografia ™ suporta grandes formatos e impressão de alta velocidade. Esses recursos permitem explorar tanto os mercados comercial e editorial, como o de impressão de embalagens. Esta versatilidade permitirá um rápido retorno sobre o investimento e receitas mais elevadas do que em outras tecnologias de impressão digital.
Entre as principais possíveis vantagens deste novo sistema, podemos citar:
- Formato: alimentação à folha B3, B1, B2 e alimentação por bobinas de 560 a 1020 mm de largura;
- Velocidades de até 13.000 folhas por hora ou 200 metros por minuto para impressoras rotativas.
- Não há necessidade de pré-tratamento dos suportes e pós-secagem.
- Impressoras de 4 a 8 cores de impressão.
- Sistema totalmente adaptado aos diversos tipos de acabamentos gráficos.
- Facilidade de uso para conhecer melhor o funcionamento desta nova tecnologia.
Assista abaixo o lançamento oficial do processo de impressão da Landa Nanografia pelo seu presidente Benny Landa. São 43 minutos, que apesar da parte teatral do vídeo, a apresentação dos detalhamentos técnicos da nova tecnologia, podem estar nos colocando frente a uma nova revolução na impressão de documentos, com melhores propriedades e eficiência além de aspectos melhores de custo e sustentabilidade:
Veja ainda:
Agradecimentos:
Charles P. da Silva (Sales & Tech Support EFI Brasil), pela inspiração e fornecimento de parte do material
What’s up to every one, because I am genuinely keen of reading this webpage’s post to be updated on a regular basis. It contains pleasant information.
Amaral,
Se você me permite, por ter trabalhado até o início de 2010 na Océ americana, eu tive a oportunidade de acompanhar a evolução recente das tecnologias de impressão e realmente para mim o Benny Landa é um gênio e o que ele cria na empresa dele em Israel está sempre furos acima da concorrência. Isto desde que ele lançou na DRUPA 1995 as impressoras Indigo com tecnologia de tinta líquida e com uma qualidade de cor impressionante, lançamento este ao qual pude assistir pessoalmente. Agora então, esta tecnologia que você nos mostrou é inacreditável e muito provavelmente vai acabar de vez com as diferenças de qualidade entre o digital e o off-set. Obrigado por partilhar.
Só que a concorrência continua acirrada e o jogo agora está sendo jogado no tabuleiro das inkjets coloridas de altíssima velocidade, alimentadas por bobinas. Os grandes players nesta área são a Kodak, HP, Océ, IBM/Ricoh e a própria Xerox, cada uma lançando sua própria tecnologia. No caso da Xerox, a novidade é a tecnologia de inkjet waterless usada nas suas novas impressoras da linha CiPress que foram mostradas na DRUPA 2012. A CiPress 500 consegue imprimir em cores a uma velocidade equivalente a 2.050 imagens A4 frente e verso por minuto. O problema da Xerox ainda continua a ser a largura do papel, que é menor do que a concorrência e com isto não dá um aproveitamento tão otimizado.
Aqui está um link que explica as novas tecnologias da Xerox que, pelo que se pode notar, não está morta não.
http://whattheythink.com/articles/55245-drupa-2012-inkjet-drupaagain-closer-look-xerox
E aqui estão os detalhes técnicos em português das impressoras Xerox da linha CiPress waterless.
http://www.xerox.com/digital-printing/continuous-feed-printer/cipress-325-cipress-500/ptbr.html
Amaral bela matéria!
É Amaral, a vida vai ficar difícil para a Xerox e assemelhadas.
Abs, Alan
É querido amigo Amaral, estive na Drupa e pessoalmente presenciei esta apresentação, fantástico e revolucionário esta tecnologia. O Sr. Benny Landa é um excelente estrategista, pré-lançou uma tecnologia para o mercado em busca de um parceiro que eu acredito ser a Heidelberg, acontecendo o mesmo com a tecnologia Electroink que ele criou no passado denominada como Indigo e que alavancou de vez com a compra pela HP formando HP Indigo.
Show
Forte abraço e Feliz Ano Novo. 2013 promete.
Amaral,
Essa tecnologia coloca a Xerox numa situação mais difícil ainda?
Abs,
Interessante ! /Alexandre Gomes
Pois é Amaral, como a iniciativa do homem livre é capaz de criar coisas que há algum tempo atrás eram inimagináveis.
Abs
Outro material excelente.