Uma viagem a bordo dos SRBs…

Os ônibus espaciais, já foram aposentados depois de prestar relevantes serviços,  e desde então a NASA tem fornecido muito material entre vídeos, imagens, textos dos mais variados, sobre esta fase da exploração espacial, de usar equipamentos reutilizáveis.

Os dois SRBs presos ao tanque central (laranja) antes do lançamento

Os dois SRBs presos ao tanque central (laranja) antes do lançamento

Um destes materiais revela uma verdadeira epopeia filmada dos foguetes de combustíveis sólidos, conhecidos como SRBs (Solid Rocket Booster), que daria se possível, a qualquer um desses aventureiros muita adrenalina, caso pudessem ter como bagagem um ser humano…

Estes SRBs eram o par de foguetes usado pelo Ônibus espacial de NASA durante os primeiros dois minutos de voo, dando ao Shuttle 83% de seu empuxo. Eles ficavam situados em cada lateral do tanque de propulsor externo de cor laranja. Normalmente eles eram resgatados no oceano Atlântico, recuperados e reutilizados várias vezes em novas missões.

O dois SRBs eram responsáveis pelo empuxo inicial do ônibus especial para leva-lo até uma altitude de cerca de  46 km. Setenta-cinco segundos depois de que ocorria a separação dos  SRBs, eles ainda atingiam uma altitude de aproximadamente  67 km, quando então iniciavam sua queda para o oceano, para serem resgatados.

Cada um dos SRBs tinha um peso de aproximadamente 590.000 Kg no lançamento, e após a queima de seu combustível e perda de algum material na queda,  atingiam aproximadamente 91.000 kg cada um,  que tocavam as aguas do oceano “suavemente” sustentado por paraquedas especiais.

 

O momento da separação, aproximadamente a 46 Km de altitude

O momento da separação, aproximadamente a 46 Km de altitude

Faça então uma viagem, sendo expectador das câmeras, colocadas em cada SRB, com uma perspectiva única, desde o lançamento até a orbita prevista, sua separação do tanque central e suas quedas livres até o oceano.

 


O Resgate:

O impacto nas águas sustentado por paraquedas

O impacto nas águas sustentado por paraquedas

Uma complexidade de cálculos e procedimentos, precisavam o local aproximado da queda dos SRBs, a tal ponto que embarcações já eram posicionadas dentro da área de queda. O impacto na água acontecia aproximadamente 279 segundos depois de separação e de atingirem uma velocidade nominal de 23 m/s. A área de impacto era de aproximadamente 240 km na costa oriental de Flórida. Além dos paraquedas, um sistema garante a entrada de ar, no local do combustível já utilizado fazendo com que os SRBs flutuassem mantendo apenas 9 m fora da água que ajudavam sua localização para resgate.

Veja a movimentação pelo mar para resgate de cada SRB após seu impacto com as aguas do Atlântico:


© by NASA – National Aeronautics and Space Administration

Updated: 23/02/2013 — 9:51 pm

5 Comments

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  1. Paulo Bortoletto Filho

    Amaral, os SRB’s eram fabricados com uma pasta combustível que se solidificava junto às paredes internas do SRB. Uma vez que a ignição era iniciada, não podia mais ser revertida. Esse sempre foi o maior receio da NASA por esse tipo de propulsor (imagine se somente um deles funcionasse qual seria a dimensão da tragédia).

    Curiosidades em relação ao tanque externo: ele contém hidrogênio e oxigênio. Este tanque é conectado diretamente aos propulsores existentes na popa do próprio Shuttle. Eles são úteis principalmente no início, basicamente para dar direção do conjunto ao espaço durante todo o lançamento (os motores são vetoriais, ou seja, a saída da queima é direcionada, de forma a mudar a trajetória se necessário, compensando ventos laterais, por exemplo). Após a liberação do tanque central, estes propulsores perdem a função. Assim, o Shuttle na volta à terra não tem motores; somente se posiciona na posição correta de reentrada e o resto é planagem com frenagem aerodinâmica pura. Se errar no trajeto de descida, pode ir parar em qualquer lugar, pois não tem motores. Espero ter contribuído um pouco com essa ótima reportagem. Abraços.

    1. Muito bom complemento Bortoletto./Obrigado/

  2. E o Tanque Amaral? Ele era bem grande. Era o mesmo processo?

    1. Ele deve merecer um post a parte!

  3. Alexandre Gomes

    Alem das imagens, os comentários das fotos são muito interessantes !
    http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/bbc/2013/02/23/astronauta-captura-e-divulga-no-twitter-imagens-do-espaco.htm?imagem=3
    Esse vale à pena seguir !

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