Este blog, por outras ocasiões já resgatou a lembrança de grandes vozes do rock dos anos 60, e desta vez trará Grace Slick, líder de uma das mais expressivas bandas daqueles tempos, o Jefferson Airplane, que viria a se tornar depois Jefferson Starship.
Dona de uma voz peculiar, foi considerada uma espécie de rainha do “rock psicodélico” que junto com Janis Joplin, Joan Baez, Mama Cass e Michele Phillips (Mamas & Papas), davam o tom feminino, na explosão do movimento hippie e pop, dos festivais de Monterrey, Woodstock e Isle of wight .
Nascida Grace Barnett Wing em 30 de outubro de 1939, foi cantora e compositora, participante da banda e depois com trabalho solo, cujo sucesso mais conhecido foi “Somebody to Love”, que chegou a ser listada como uma das 500 maiores canções de nossa era, pela revista Rolling Stone.
De vida tumultuada pelo alcoolismo e drogas (LSD) componentes essenciais do psicodelismo daqueles anos, chegou a planejar junto com o ativista politico Abbie Hoffman, colocar LSD no chá do presidente Nixon, pois era amiga de Tricia Nixon, filha do então presidente dos Estados Unidos Richard Nixon, já que eram alunas do mesmo colégio. Por esta amizade, junto com os outros alunos foi convidada para uma festa na Casa Branca em 1969, onde pretendiam “contaminar” o chá do presidente. Mas não deu certo, pois o plano falhou porque foram proibidos de entrar na Casa Branca.
Promoveu diversos problemas em suas turnês por conta de seu problema com álcool e LSD, e sua banda também sofreu diversas modificações de seus integrantes mudando de nome por três vezes, sendo o ultimo deles Starship, de onde saiu em 1988 aos 48 anos. Mas depois de rápida reunião da Banda em 1989, ela aposentou-se da carreira musical, dedicando-se à pintura em telas.
Ela lançou sua autobiografia em 1998, intitulada “Grace Slick: Somebody to Love? A Rock and Roll Memoir”.
Por sequelas em cirurgias que teve que passar em 2006 chegou a ficar em coma induzido por dois meses e teve que aprender a andar novamente. Hoje com mais de setenta anos, não escapou à inexorável evolução do tempo.
Como pintora além de produzir vários estilos, procurou também retratar personalidades da música, alguns dos quais conviveu durante sua carreira musical.
O legado musical porém foi muito rico, cumprindo a tradição das grandes musicos daqueles remotos e vibrantes anos 60.
Além da carreira junto ao Jefferson Airplane, deixou também obras em carreira solo:
- Manhole (1973)
- Dreams (1980)
- Welcome to the Wrecking Ball! (1981)
- Software (1984)
- The Best of Grace Slick (2000)
No video abaixo a sua nova fase como pintora:
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